Nunca devemos desistir...

quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Telmah lutou até o fim para poder vingar a morte de sua mãe, sofrendo com o medo de perder Tiago, o grande amor de sua vida.
A atitude de Telmah é um exemplo de que não devemos desistir nunca, porque tudo é possível quando acreditamos. Telmah para descobrir e vingar a morte de sua mãe, foi até o fim e conseguiu descobrir quem era a assassina, e além disso, mostrou-se ser uma menina determinada e com garra.
Com certeza a atitude dela foi correta, visto que em nenhum momento ela pensou em desistir, e ela ainda conseguiu provar o amor que Tiago tem por ela.

Toda ação tem uma consequência...

Ao agir erradamente, o pai de Telmah com toda a certeza mereceu sofrer, pois antes dele sofrer, ele fez com que outras pessoas sofressem.
Ele não devia ter deixado se levar por Alice, e ter internado Telmah num manicômio, pois ela já estava sofrendo com a morte de sua mãe e agora iria sofrer com a traição de seu pai e a internação, uma das únicas pessoas que ela ainda poderia continuar confiando, e, portanto não existe nenhuma justificativa para tal comportamento de Cláudio.

Erro de Cláudio ou egoísmo de Telmah?

Telmah condenou seu pai por se deixar dominar por Alice e concordar em casar-se com ela tão pouco depois da morte de sua esposa.
Ao cometer tal atitude, Cláudio, pai de Telmah, agiu mal, pois deveria ter dado um tempo maior, principalmente por se tratar da melhor amiga de sua falecida esposa, e por isso Telmah teve todo o direito de condenar o seu pai, afinal, para um filho, no começo deve ser muito difícil tentar entender que uma pessoa tão próxima, um ponto de apoio, como uma mãe é, não voltará mais. Em nossa opinião, o egoísmo foi da parte de Cláudio, que só pensou em si mesmo e não nos sentimentos da sua filha.

Pedro Bandeira e a obra Hamlet de Shakespeare

Ao escrever a obra "Agora estou sozinha..., Pedro Bandeira, utilizou-se do recurso de intertextualidade, uma vez que ele estabeleceu diálogo com a obra Hamlet de William Shakespeare. Na obra de Shakespeare, o príncipe Hamlet tenta vingar a morte de seu pai, o rei, executando seu tio Cláudio, que envenenou seu pai e em seguida tomou o trono casando-se com a mãe de Hamlet.

Já na obra de Pedro Bandeira, Telmah (Hamlet ao contrário), tenta vingar a morte de sua mãe, após descobrir que ela foi assassinada, com ajuda do seu namorado, Tiago. Eles descobrem que quem matou a mãe de Telmah, foi a madrasta dela, Alice, ex - melhor amiga de sua mãe, que casou-se com seu pai, Cláudio.

Abaixo, um texto retirado da internet, onde Pedro Bandeira fala sobre as duas obras.

Todo jovem ator (e eu fui um deles) sonha em, um dia, fazer o papel de Cyrano de Bergerac e o de Hamlet. Assim, eu não poderia deixar de fazer uma recriação juvenil de Hamlet como eu fiz a de Cyrano. Hamlet, lido ao contrário, dá Telmah. Foi assim que nasceu mais esta minha heroína. O título do livro, inclusive, é o começo do segundo mais famoso monólogo de Hamlet: "now I'm alone".

Ao contrário de A marca..., onde eu praticamente só usei a idéia central de Cyrano, em Agora... eu usei o máximo do texto de Shakespeare que pude. As falas de Hamlet são belíssimas, suas idéias realmente resistiram ao tempo e a peça é, até hoje, considerada como o mais perfeito texto de teatro já produzido (com perdão dos gregos...). Assim, é possível encontrar em Agora..., o ser ou não ser, o há algo de podre no Reino da Dinamarca e tudo o mais que até já entrou para nossa linguagem cotidiana.

Ao inverter o sexo da personagem, deparei-me com algumas dificuldades, e a principal delas foi a personagem Ofélia. A namorada de Hamlet é uma personagem frágil, ingênua, que se deixa morrer no rio enlouquecida pelos acontecimentos. Na transposição, ficaria difícil criar um namorado para Telmah que fosse frágil, ingênuo e suicida. O remédio foi criar Tiago, um namorado com algumas das características de Horácio, amigo de Hamlet, e criar Filhinha, a velha cadelinha de Telmah, que morre de fome quando é afastada de sua dona. Quase tudo de Ofélia está em Filhinha.

Shakespeare aproveita, na cena em que o personagem fala com os atores, para registrar seu modo particular de ver a arte de representar. Na transposição, fiz com que Telmah dissesse o meu modo de ver a arte de ler.


Fonte: PobreVirtual

"Agora estou sozinha..." - Pedro Bandeira


Capa da obra "Agora estou sozinha..." de Pedro Bandeira.


A história do livro “Agora estou sozinha...” envolve um pouco de mistério, romance, aventura, crimes e espiritualidade. Trata-se da história de uma menina, chamada Telmah, que acaba de perder a mãe e seu pai vai se casar novamente com uma mulher que ela não gosta. Telmah decide jogar o “jogo do copo” e descobre que a mãe foi assassinada, ela tenta descobrir quem matou sua mãe com ajuda de seu namorado Tiago.

O autor...


Pedro Bandeira, autor da obra "Agora estou sozinha...".

Pedro Bandeira de Luna Filho nasceu em Santos,no dia 9 de março de 1942.É um escritor brasileiro de livros infanto-juvenis. Recebeu vários prêmios, como o Prêmio APCA, da Associação Paulista de Críticos de Arte e o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, entre outros.

Pedro Bandeira é o autor de literatura juvenil mais vendido no Brasil (vinte milhões de exemplares até 2006) e, como especialista em letramento e técnicas especiais de leitura, profere conferências para professores em todo o país. É autor de setenta e sete livros publicados, entre eles títulos consagrados como a série Os Karas, A marca de uma lágrima, Agora estou sozinha..., A hora da verdade e Prova de Fogo.

Obras publicadas:
  • A droga da obediência
  • A droga do amor
  • Pântano de sangue
  • Droga de americana!
  • Anjo da morte
  • A hora da verdade
  • A marca de uma lágrima
  • Brincadeira mortal
  • Gente de estimação
  • Descanse em paz, meu amor
  • O fantástico mistério de Feiurinha 
  • Rosaflor e a moura torta 
  • "O medo e a Ternura"
  • O grande desafio
  • É proibido Miar
Entre outras... 


Fonte: Wikipédia